O que você acha da minha ideia de indicar algum som que curto em cada postagem do Cotidiano Cego?

segunda-feira, 29 de março de 2010

O cego acompanhado de quem enxerga

É engraçado quando o comportamento das pessoas muda em qualquer lugar, quando um acompanhante que enxerga está junto.
Parece piada, mas as pessoas nunca se dirigem a você.
Certa vez no litoral do rio, estava eu com um amigo. Ele enxerga. Lá pelas tantas, depois de beber várias, tinha um pagode movimentado e falamos. a, vamos lá.

percebemos que além das mesas do bar existia um espaço onde a galera tava dançando e fomos para lá.
Eis que uma pessoa se dirige ao meu amigo e pergunta:
Ele quer sentar?

Juro. Acontece. Meu amigo disse: não sei. acredito que não. Pergunte a ele.

Mais engraçado foi uma vez.

Num bar, estávamos vários cegos e também várias pessoas que enxergam.

O comportamento do garçon foi tanto quanto curioso.
Para nós que não estávamos acompanhados ele chegava na mesa e perguntava: Mais um Chopp?

Para um amigo que estava com uma pessoa que enxerga ao lado dele ele se dirigia a ela e perguntava: Ele quer mais um chopp?

Ela ia e retransmitia a pergunta para ele, que depois do quinto já tava muito puto. Rs.

Resolvemos fazer um teste que consistia em trocar uma das pessoas que enxerga para o lado de outro cego, a fim de ver como seria o comportamento do garçon. Como esperávamos, a situação foi a mesma. rs.

Ontem no Play cent estava eu com uns amigos. Uma me levou até o local da lanchonete para que eu fizesse o meu pedido e lógico, o pagamento.

Fiz o pedido, entreguei o cartão e falei: débito.

A atendente passa o cartão e fica olhando para tentar descobrir quem estava comigo, por causa da senha. rs.

Acreditem se quiserem. É exatamente isso.

E não é raro acontecer.

Uma vez em um shopping famoso de São Paulo eu sem entender nada só escuto uma amiga falar: Moça! O cartão é dele! Como eu vou saber a senha?

E para finalizar esse post vou contar uma que aconteceu no terminal rodoviário do Tietê.
Um funcionário me acompanha até o balcão para que eu pudésse comprar minha passagem. Até aí normal.

A atendente, além de fazer a clássica do cartão...

Bom. Eu faço essa viagem Rio São Paulo/ são Paulo Rio há mais de 6 anos. A diferença é que antes eu morava no Rio, hoje em São Paulo.

Então, escolho as poutronas porque eu já tenho na mente o desenho do ônibus.

A atendente faz o inacreditável.

bom agora é só escolher a poutrona. Pode escolher qualquer uma das amarelas, porque são as que estão desocupadas.

O funcionário olha pra ela, em seguida olha pra mim e pergunta:

Quais são as amarelas?

Aí ela se tocou.

Aí eu perguntei: Você tem a poutrona 3?

E aí fomos conversando até que chegássemos a um acordo e eu conseguir escolher a passagem.

ela estava bem sem graça no fim. rs.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O cego sabe pra onde vai.

Parece óbvio isso que eu to falando. Mas nem todos pensam assim.

Sério.

Perto de onde moro existe uma instituição de cegos.

Isso pode se tornar um pesadelo.

Além de ter atenção dobrada, nesses casos ela precisa ser redobrada para que você não se perca.

Motivo:

Todo mundo quer te jogar dentro da instituição a qualquer custo!

Ainda mais que eu trabalhava lá, logo que mudei para São Paulo.

Vira e mexe eu caminhava para a padaria pra tomar café e o pessoal: Ei, já passou! volta!

Aí eu respondia: Não passei... Passou! Ai que inferno era!

Teve uma que teimou tanto que eu falei: Vou acreditar que eu passei se você me responder corretamente uma pergunta: Pra onde eu to indo?

A, não tá indo pra Laramara? Errou! tchau. Obrigado. kkkkk.

Até domingo o povo cismava em tentar me jogar dentro da instituição... que inferno!

aí eu dizia: até hoje você quer fazer eu trabalhar? rs.

Hoje não trabalho mais lá e demorou para o pessoal acostumar que eu moro naquela rua.

O problema é que teve gente que aprendeu isso até de mais.

numa Sexta-feira eu como de costume, me preparava pra ir tomar aquela gelada que é de lei nos fins de semana.

Vou para o bar.

Como o ônibus que eu peguei quando saía do trabalho me deixava há umas duas quadras depois e o que me deixaria na rua do bar poderia demorar, eu fui nesse mesmo.

Entrei na rua onde moro e desci por ela. Na próxima eu viraria, pois era a rua do bar...

É eu tentar virar... ei! é pra lá!

A é uma outra mania que as pessoas tem... quando querem nos ajudar a desviar de algo... Pra lá! Po pra lá pode ser pra tanto lugar... direita, esquerda, reto...

Fingi não escutar. Não satisfeito o senhor vem correndo na minha direção... Ei amigo é pra lá... Não, não é pra lá, eu vou pra cá...

Eu te conheço! Você mora pra lá! sim... Eu concordo, eu moro pra lá, mas agora eu vou pra cá!

Mas é pra lá que você mora... Tá senhor.... Vamos por partes:

Sim eu moro pra lá e disso não há dúvida. Mas como o senhor pode afirmar com certeza, que eu to indo pra casa? O que te dá essa certeza?

Eu não estou indo, pra casa, como já tentei explicar.

Ele sai indignado porque sei la´... Na cabeça dele eu tinha que ir pra casa.

sim... fui na direção do bar. Várias pessoas em frente à faculdade que tem lá perto orientando com o seu perigosíssimo direita esquerda.
Digo perigosíssimo porque. as vezes tem gente que fala: Vai pra direita! Mas esse direita na verdade é esquerda. aí você vai pra direita e vai exatamente de cara no obstáculo que ela queria desviar. Ou porque ela se confunde, ou porque ela está de frente pra você e quando ela fala direita é a direita dela...

Na dúvida, quando é uma pessoa muito conhecida eu sigo.

Quando não, eu continuo reto esperando que a bengala detecte o obstáculo. É mais seguro. rs.

Eis que finalmente chego na porta do bar.

Logo um monte de gente próximo. localizo com a bengala a entrada e me preparo. Imediatamente sou empurrado: Vem por aqui! Mas moço... Levei um empurrão que nem deu tempo de nada falar...

Tento voltar e achar a entrada de novo... Não! Por aqui!

Mas moço... E levava um empurrão antes que eu pudesse explicar qualquer coisa.

E eu não querendo ser indelicado...

Acho a porta pela terceira vez pensando: Será que agora finalmente eu entro?

acho a porta e quando eu ia levar o empurrão eu firmei o corpo e disse> Moço: Por favor... você poderia deixar eu entrar no bar?

As pessoas querem ajudar tanto que tentam até prever pra onde você vai!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Domingo de Futebol na TV

Domingo à tarde, nada para fazer, nada como curtir e viver a emoção de uma bela partida de Futebol, certo?

Para o cego não é diferente. Ou melhor: se o narrador for o Sílvio Luiz, acaba sendo.

Nós que gostamos de esportes diversificados, como Futebol internacional e Basket da NBA, acabamos tendo times com os quais nos simpatizamos.

Na NBA por exemplo eu torço pelo Utah Jazz. No futebol italiano simpatizo com a Roma. Na Espanha com o Real Madrid.

Em fim:

Após aquele almoço de domingo, ligo a TV e está para começar uma partida do campeonato italiano.

Milan e Roma.

Opa legal. A Roma vai jogar!

Estou eu... Silvio Luiz se apresenta. Já tinha escutado ele algumas outras vezes, mas não acompanhava suas narrações, por ter os meus preferidos. Mas na época só a Band transmitia e ele seria a minha única opção.

Vou curtir a partida. Pensava eu.

começa o jogo.

Eis que vem a primeira frase. Fulano vem carregando a bola pelo lado de cá da defesa do Milan.... Porra! Que lado de cá é esse?

direita ou esquerda? Tá... Continuei ouvindo.

Aquela infinidade de comentários e eu sem saber merda nenhuma do que tava acontecendo no jogo.

Eis que ele interrompe os comentários para narrar o jogo...
i, olha lá, pode ser, olho no lance, minha nossa senhora!

e eu já puto: Mas que merda que aconteceu ali!

eu já preparado pra desligar a TV, porque assistir a um jogo assim não dá! É melhor ficar sem assistir.

Eis que vem o golpe de misericórdia.

A nova narração.


I olha lá, pode ser, olho no lance, é´´eééééééééééééééééé doooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo Milan!

Repare que além de não saber merda nenhuma do que aconteceu, no seu mais de um minuto de éeeeeeeeéééeééé´doooooooooooo... nem de quem era o gol eu sabia ainda!

E pra completar... Ééééééééééééééééé dooooooooooooooooooooooooooo Milan!

E ele completa: foi foi foi foi foi foi foi ele! Porra! Ele quem?

Aí ele continua: O craque da camisa número 10!

Nãããão! Cheeeeega! Vou desligar essa merda... E assim fiz.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tem Dia que de Noite é Assim

Um amigo as vezes me diz: tem dia que de noite é assim!

Lembram que eu disse no primeiro post que as vezes as pessoas tentam ajudar numa hora que você não precisa e acabam te atrapalhando arrumando um problema que você não tem?

Quando acontece uma coisa ou outra, mas tem um dia específico que a minha vinda para o trabalho eu sinceramente gostaria de esquecer.

Primeiramente. Todo mundo tenta fazer algo que nunca deve ser feito.... Segurar o cego.

Eu nunca vi! O Cego não tem equilíbrio, é aleijado, tudo ao mesmo tempo, porque querem segurar em todas as situações. rs.

Primeiramente, estou chegando no metrô. Tem uma farmácia, uma lanchonete e o muro está à minha esquerda. No final dele tem um paredão na frente...

Quando eu encontro esse paredão na minha frente eu tenho que chegar para a direita que ele recolhe e seguindo, mantendo esta nova parede a esquerda a escada do metrô está logo ali. Então... esta parede é a referência para que eu procure não errar e pegue o muro da entrada do metrô.

A parede está em frente...

Estou caminhando me guiando pelo muro, indo na direção a essa parede que estaria exatamente na minha frente.

Insistentemente uma moça vinha e me empurrava pra fora do muro...

Ela me empurrava, quando eu tentava voltar ela me empurrava de novo... eu tentava voltar e quando tentava achar o muro ela me empurrava pra fora de novo... Tentava e novamente ela me empurrava.

Eu não sabia mais o que fazer! daqui há pouco minha referência já era. Parecia que eu tava brincando de vai-e-vem... rs.

Até que uma hora eu disse:

Mossa! tem a parede aqui na frente e eu preciso bater nela!

A moça nada falou e não deve ter entendido nada. Ué... Por que ele precisa bater com a cara na parede, ela deve ter pensado.... não era a cara, era a bengala. que eu precisava bater.

Pelo amor de Deus gente: quando vocês verem que tem um poste, parede, árvore no caminho do cego, simplesmente digam isso. se ele continuar é porque aquilo que parece um obstáculo é exatamente o que ele tá precisando achar! rs.

Sim. depois da guerra com a parede, chega a escada do metrô.

Venho andando no meu bom ritmo.. a bengala acha o primeiro degrau. quando ia subir com ela para que eu pudesse calcular o meu passo vem um cidadão e, segura exatamente na ponta da bengala!

Aí eu disse: É hoje! Pensei....educadamente, pedi que ele soltasse minha bengala e vou eu fazer todo o procedimento novamente, para subir o degrau... Voltar, ir com a bengala, calcular e subir...

Gente é a bengala que o orienta o cego no passo que você vai dar. se você segura ele fica duplamente cego! rs.

Segurar o cego. essa que é a pior.

Intuitivamente as pessoas nada falam, e simplesmente seguram no braço do cego.

Isso tira a referência. Pelo menos no meu caso.

Se você faz isso na hora que to descendo ou subindo um degrau e principalmente num vão de trem e metrô você corre o risco sério de me derrubar. Pronto já dei idéia a quem quiser ser meu inimigo... Pronto! rs.

Tá... Subi no primeiro degrau e e vem a sequência de degraus pra baixo.

Quando a pessoa segura imediatamente, com uma certa distância do degrau, você ainda consegue parar e pedir: Poderia soltar meu braço, senão eu não consigo descer. quando a pessoa solta eu agradeço ainda, mas legal....

Nesse dia, quando chega na beira do degrau um cidadão tenta segurar meu braço. Foi por Deus. Parar o movimento não dava mais... A minha sorte é que quando ele deu um toque antes que segurasse e eu percebi o movimento e recolhi o braço pra que ele não conseguisse e desci o degrau... Já foi um malabarismo, mas a única manobra possível como um desvio brusco... Pior que quando eu desvio pra direita para que o cidadão não me segurasse, vem uma moça tentando segurar o outro braço!

E era o que tava com a bengala!

Não dava mais para parar, tava no meio da escada e eu tinha que desviar dos braços e calcular os degraus!

Eis que a moça indignada, depois de todo o sufoco fala: é, não quer ajuda né?

Po que injustiça! Eu nunca recuso ajuda. eu só recuso que me atrapalhe!

Mas beleza.. Segui meu caminho já que a mulher não queria ouvir nenhuma explicação. Eu ainda tentei.

Entrei no metrô, desci na República para aquele velho trajeto de pegar ônibus subindo a consolação.

Entro em um ônibus.

O cobrador diz: O banco à sua esquerda está vazio! agradeci e me dirigi à ele.

Vem um senhor e segura no meu braço.

Aí eu explico. senhor. desculpa, mas é que se você segurar meu braço eu não consigo ter referência pra sentar.

Maldita hora que eu falei isso!

Ele soltou o braço e segurou na cintura!

Desde então eu resolvi mudar a frase:

Já foi na hora. Moço. Se me segurar eu não consigo sentar... eu acho que assim fica mais fácil né?

Sim. Ele entendeu.

Esse banco era daqueles que tinha um degrau alto antes de chegar.

Então, daí vem o pior:

O próximo ponto seria o meu. Levantei do banco e ia descer o degrau. Medi a altura com a bengala e quando estiquei o pé e fiz o movimento de descida uma menina segura no meu braço no meio da descida!

Vai minha referência, equilíbrio e quase vou eu no chão. E ela... Eu senti o movimento dela quase caindo.... Lógico. ela não aguentaria meu peso de jeito algum!

Aí eu falei:

Moça, assim você quase me derruba! Ela disse: só quis ajudar.

Sim, entendo. Mas não faça mais dessa forma.

E como eu faço? Primeiramente pergunte se a pessoa precisa de ajuda.

Segundo ela te dirá o que precisa, mas basicamente se quiser guiar alguém você deverá dar seu braço para que a pessoa segure. Normalmente um pouco acima do cotovelo a pessoa segurará. Mantenha-se na frente da pessoa guiada e vai...

Tá... Acho que ela entendeu.

aí desço no ponto do ônibus.

Vou andando na direção da faixa para atravessar a rua:

Alguém me puxa e disse: Moço, senta aqui! Mas que raios, pra que eu ia sentar no banco do ponto de ônibus! aquela história... Cego não pode ser visto em pé.

Moço eu estou indo pra faixa vou precisar atravessar. Então pode ir que tá no caminho certo. Ta bom isso eu já sabia. mas é mais uma. Normalmente cego não sabe pra onde esta indo. rsrs.. Num outro post eu vou falar mais sobre isso.

chego na faixa. quando você está no meio de duas pistas você tentar explicar pra onde vai não é tão eficiente. As vezes você não fala a mesma língua, a pessoa não entende direito, tenta te levar para o lado errado e você para, explica de novo. Isso não é regra, mas as vezes acontece.

Com o tempo, descobri que a forma mais eficiente é você apontar a direção para onde quer atravessar. Não tem erro. A pessoa vai ver e pronto.

Então um moço já chegou.

Você quer atravessar? sim. Pra onde: aponto. Pra lá... Depois escuto:

Pra onde você vai? Fiquei preocupado. será que tem um cego tentando me ajudar? Acabei de mostrar.

Apontei novamente.

Vai continuar na consolação né? Subir oud escer... descer.

O cidadão me ajuda, agradeço e sigo meu caminho:

Ei amigo espera? a paulista é pra lá!

Não sei em que momento eu falei que ia pra Paulista. Ou eu to ficando louco, mas sei lá... E eu falei que ia descer. Pra paulista eu teria que subir. Mas...

bom no próximo post eu falo mais das orientações direita e esquerda e dessa história do cego não saber onde vai. rsrsrs.

Conheça seu trajeto também ao contrário!

É isso aí.

Atualmente em São Paulo o cego deverá, em uma condução, conhecer seu trajeto em ambas as posições.

Existem ônibus e lotações que tem bancos que ficam de costas.

Como o cego para poder se localizar onde está desenha na mente o trajeto do ônibus e acompanha, a fim de acompanhar e saber quando deve descer, isso é terrível, já que você tem a sensação que anda de ré. Aí você tem que ter em mente que aquela curva que seria para a esquerda vai ser, nesse caso, para a direita, já que você tá de ré?

E o pior não é. como diz Geraldo magela, qualquer lugar que o cego chega querem colocá-lo sentado. Mesmo em ambientes que normalmente não se senta e que todo mundo tá em pé.

Em um ônibus não é diferente.

Quando acontece de me orientarem um lugar pra sentar... Bom primeiro eu verifico se alguém não está saindo do banco, pois nesse caso eu recuso. Não aceito que alguém me ceda o lugar por questão de bom senso.

Acho totalmente válido quando é uma pessoa que tem dificuldade para ficar em pé. Mas já para uma pessoa cega não concordo. Mas polêmicas a parte... rs.

Toda vez que alguém me indica um lugar e eu sento e percebo que estou de costas e o ônibus para mim começa a andar de ré, eu penso? qual seria a melhor forma dessa pessoa perceber um dia que teria me ajudado mais se, na falta de outro lugar, tivesse me deixado em pé? rsrsrs. acho que nunca.

Até que ontem, como se não bastasse aconteceu algo pior...

Me indicaram um banco.... Ele estava de ré? Não... Ele estava de lado...

Po e agora? como vai ser isso? ele andava meio que pra direita. Putz então eu vou sentir as curvas pra frente e pra trás

como eu vou desenhar uma merda de um trajeto imaginando curvas pra frente e pra trás?

E nas subidas e descidas, será que eu vou perceber isso de lado?

sou um cara que tenho meus rituais, concordo com algumas frases que leio. e sempre tive em mente que a esperança não deve morrer, e que está certa uma frase que li certa vez e concordo plenamente.

"nas horas mais difíceis de sua vida, Relaxe, respire fundo e diga bem do fundo de sua alma: Agora fodeu!" rs.

Depois de todo esse ritual, percebi uma caída do ônibus pra frente... A era uma curva pra direita... Pois é... Au sair da república sentido consolação, mais precisamente da Barão de Itapetininga eu esperaria uma curva pra direita primeiro. acho que é ela...

Com a velocidade que ele virou eu logo percebi que quando ele virasse a esquerda eu me inclinaria pra trás e ia ter a bela sensação de estar numa montanha russa. Tava feia a coisa...

Olha sentir o ônibus subir de lado é uma coisa também impressionante.

Mas até que eu consegui não errar o ponto mesmo de lado! Mas sinceramente eu não gostaria de passar por isso de novo! rsrs.

Agora pense: O meu trajeto no ônibus é de uns 10 minutos... Nesse caso. eu fico pensando no dia que eu tiver que montar um trajeto de uma hora pro contrário ou de lado! Não eu juro... eu levanto do banco. rs.

Apresentaçãodo Blog

Faaaaala galera!

Sou cego desde que nasci.

Resolvi criar este blog para expor as situações engraçadas que já passei, passo e pretendo de forma bem humorada e leve, orientar as pessoas que enxergam a melhor forma de ajudar um cego quando necessário for.

Basicamente na rua encontramos 4 tipos de pessoas:

As que não ajudam quando você precisa e fingem que não viram.

As que estão prontas para te ajudar quando você precisa.

As que tentam te ajudar quando você precisa mas acabam te atrapalhando. Essas você ainda tem como orientar a melhor forma.

Agora vem o tipo mais complicado:

As que tentam te ajudar quando você não precisa e acabam te atrapalhando, arrumando um problema que até então você não tinha. rs.

Divulguem bastante esse blog para que a gente não tenha mais que passar por essa última situação. kkkkkkk.

Até o próximo post